Por que a sua instituição de ensino precisa de um banco de itens próprio?

Artigos pedagógicos
Leitura em
5
min
Publicado em
02
/
01/2024
Autor
Fabrício Garcia
CEO na Plataforma Qstione
Fabrício Garcia é um professor da área de saúde apaixonado pelas novas tecnologias educacionais. Seu foco principal de trabalho está em ajudar instituições de ensino e professores a implementar novas tecnologias que aumentem a eficiência educacional, justamente por acreditar que a tecnologia é o caminho mais simples para democratizar a educação de qualidade no Brasil.
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Ter um banco de itens vinculado ao seu próprio currículo pode representar um grande investimento em gestão pedagógica

 

           O processo de avaliação de desempenho dos estudantes no cenário educacional atual, seja no ensino superior ou básico, é multifacetado. Atualmente, a avaliação não é vista apenas como uma ferramenta de diagnóstico e não está isolada dos processos de ensino. A avaliação de estudantes tornou-se um processo que envolve a aplicação de múltiplas ferramentas avaliativas articuladas ao currículo, planejamento escolar e processo de ensino. Obviamente, a avaliação das habilidades cognitivas está entre as principais ferramentas, e as provas baseadas nos estudos da psicometria continuam sendo fundamentais para o processo.

 

          A avaliação é a engrenagem central do processo de ensino e aprendizagem

 

A avaliação possui a função de checar e validar as ações pedagógicas executadas pelos professores. Nesse contexto, os resultados das avaliações dos estudantes dão o tom da gestão pedagógica e norteiam a tomada de decisão dos gestores educacionais. É dessa forma que a educação moderna deve repensar a função de um banco de itens.

             Há alguns anos, boa parte do mercado educacional (incluindo o ensino superior e ensino básico) adotou a ideia de que bastaria terceirizar a elaboração de itens ou até mesmo comprar testes e simulados diagnósticos prontos, que o problema da avaliação de estudantes estaria resolvido. Foi assim que muitas empresas surgiram com a promessa de entregar avaliações e itens perfeitos para instituições de ensino que caíram no conto da avaliação perfeita terceirizada.

Comprar banco de itens não é a melhor solução para a sua instituição

 

           Apesar da ideia de terceirizar a avaliação parecer encantadora, tendo em vista que, com a terceirização das provas diagnósticas, as instituições ensino não precisariam capacitar continuamente seus professores e implementar sistemas de gestão pedagógica que incluiriam a produção de avaliações, observamos que o resultado final da aplicação dessa ideia não foi nada bom.

 

Lição 1: Alinhe currículo e avaliações

           O primeiro ponto que precisa ser destacado é a questão do alinhamento das avaliações com o currículo. As avaliações precisam solicitar os objetivos de aprendizagem e conteúdos específicos que estão descritos no currículo. No caso do ensino básico, o currículo precisa estar alinhado com a BNCC (a BNCC não deve ser usada como um currículo. Leia: https://www.qstione.com.br/blog/a-bncc-serve-como-matriz-de-referencia; já no caso do ensino superior, o currículo precisa estar alinhado com as DCNs. Dessa forma, as instituições de ensino têm seus próprios currículos. Assim, quando a avaliação é terceirizada, cria-se automaticamente um descompasso pedagógico, pois as empresas que vendem avaliações diagnósticas prontas seguem o seu “próprio currículo” e não o da instituição de ensino cliente.

 

Lição 2: Estruture o cronograma pedagógico

           O segundo ponto que precisa ser destacado é a temporalidade da aplicação do currículo. Cada instituição de ensino aplica o seu próprio currículo a partir de cronogramas de trabalho que são estruturados de acordo com a visão pedagógica de cada projeto educacional. Sendo assim, a aplicação de avaliações externas padronizadas, se não forem estruturadas com a observância dessa temporalidade, pode gerar dados não confiáveis.

 

Investir na implementação de uma cultura avaliativa é a chave para o sucesso da gestão pedagógica

           O terceiro ponto é a importância da implementação de uma cultura avaliativa dentro das instituições de ensino. Essa cultura avaliativa precisa instituir a visão de uma gestão educacional baseada em resultados. Isto é, toda e qualquer decisão no âmbito pedagógico deve se basear nos resultados das avaliações. Se os professores não participam da construção das avaliações, dificilmente essa cultura será implementada. Na Qstione, temos um lema: “professores que não sabem avaliar têm grande dificuldade em ensinar”. A avaliação faz parte do processo interno de gestão pedagógica e não deve ser 100% terceirizada.

           O quarto e último ponto é a criação de um patrimônio composto por itens vinculados ao currículo próprio da sua instituição de ensino. Itens validados e vinculados a um currículo específico apresentam um valor financeiro e pedagógico agregado considerável. Além disso, com um banco de itens próprio, qualquer mudança curricular será facilmente administrada.

           Mas como implementamos um processo de construção contínua de itens?

           É preciso pensar sobre o paradigma da formação de um banco de itens e, para isso, o uso da tecnologia é essencial. Seguindo essa lógica, 3 pontos precisam ser priorizados:

1.     Garantir a qualidade técnica dos itens;

2.     Validar a articulação dos itens com os descritores curriculares que serão avaliados;

3.     Integrar o sistema de avaliação com o sistema de planejamento de ensino e ERP.

 

           Para isso, a Qstione criou 2 tecnologias que atuam de forma integrada, o sistema Planeje e a Plataforma Qstione. Entre em contato com nossa equipe e agende uma apresentação.

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